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Resumos das comunicações

26 e 27 de Julho

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A Batalha do Salado (1340) teve reflexos não só nas crónicas, mas noutras formas literárias e artísticas, e ganhou ressonância no domínio simbólico-religioso: o evento (político-militar) densifica-se na referência ao sagrado (culto), tornando-se festa litúrgica.  Entre os mediadores para a comemoração ritual da Victoria Christianorum, assumem relevo os ofícios em cantochão. A informação disponível, embora não muito abundante, vai-se enriquecendo à medida que mais fontes documentais vão sendo identificadas, como ocorreu recentemente com manuscritos de Vila Viçosa e da catedral de Coimbra, que constituem o eixo agregador da nossa comunicação. 

Alberto Medina Seiça - CESEM/NOVA FCSH

"Culto e política: o ofício da Batalha do Salado em fontes litúrgicas de Vila Viçosa e Coimbra"

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A cerimónia da deposição de Cristo na Sexta-Feira Santa tem um lugar de destaque no rito bracarense e foi estudada há mais de meio-século, de uma perspectiva transnacional, pela musicóloga francesa Solange Corbin, que evidenciou a sua popularidade no continente e as suas prováveis origens. Contudo novas fontes têm entretanto vindo à luz, permitindo o aprofundamento da investigação e a revisão de algumas das hipóteses inicialmente aventadas por Corbin. Apresentar-se-á nesta comunicação uma síntese actualizada sobre a evolução da cerimónia, com particular destaque para as referências encontradas no Regimento da Capela do rei D. Duarte e no Cerimonial da Capela Real do tempo de D. João III, adquirido em data recente para o Museu-Biblioteca do Palácio Ducal de Vila Viçosa. Será dada especial atenção ao pranto Heu, heu Domine, de que se discutirá a data e modo de introdução em Portugal, a variação melódica e a disseminação geográfica.  

Manuel Pedro Ferreira - CESEM/NOVA FCSH

"A Deposição de Cristo na Sexta-Feira Santa e a Capela Real"

Captura de ecrã 2019-07-11, às 13.24.46.

Until quite recently, very little was known about the repertories that might have been enjoyed at the ducal chapel at Vila Viçosa before c.1600. But the transcription, deeper study and interpretation of parts of the post-mortem inventory of the 5th duke of Braganza, D. Teodósio I, great-grandfather of John IV, has enabled a reconstruction of the musical collection as it physically existed in by 1563, the year of his death. In addition to the books in the library, the inventory records as many as 20 books of polyphony dating back to the very earliest printed choirbook in Europe - Antico’s Liber quindecim missarum, 1516 - and forward to a substantial collection in both print and manuscript of the music of Cristóbal de Morales. Curiously, perhaps, none of these books or the repertories has survived in situ, but the collection provides vital evidence for the type of music that was performed there and presumably also in the Portuguese royal chapels during the 16th century.

Bernadette Nelson - CESEM/NOVA FCSH

"Vinte livros de música polifónica da capela ducal de Vila Viçosa no século XVI: uma colecção perdida"

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Os 14 livros manuscritos de polifonia do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança constituem um dos mais valiosos conjuntos de fontes de música sacra subsistentes em colecções nacionais. A sua importância deve-se não somente ao facto de serem fonte única para uma grande quantidade de obras de compositores portugueses dos séculos XVI, XVII e XVIII, mas também pela sua rica dimensão documental. Partindo de uma descrição sucinta do conjunto dos 14 livros, a presente comunicação explorará alguma da informação que eles nos fornecem sobre a prática e o gosto musical na capela real brigantina, para uso da qual boa parte do repertório foi copiado já em pleno século XVIII, abordando também as formas como os compositores setecentistas neles representados receberam, assimilaram e emularam o stile antico.

João Pedro d'Alvarenga e Nuno Raimundo - CESEM/NOVA FCSH

"Os livros manuscritos de polifonia de Vila Viçosa"

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Partindo da edição dos Responsórios para as Matinas de Quinta-feira Santa presentes nos volumes VV. A6/J12 e VV. A9/J15 do Arquivo Musical do Paço Ducal de Vila Viçosa, foi realizada a análise comparativa, segundo parâmetros de análise pré-estabelecidos, entre os Responsórios da autoria de Tomás Luis de Victoria, Manuel Soares e Fernando de Almeida. Deste modo, foi possível a identificação de características comuns entre os compositores analisados, assim como, o reconhecimento de algumas características composicionais individuais que lhes conferem um estilo pessoal.

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Ana Sofia Saraiva - CESEM/NOVA FCSH

"Quinta-Feira Santa no Paço Ducal: um estudo comparativo dos Responsórios"

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O início da relação profissional do compositor Marcos Portugal com a Casa Real data de 1782, ano em que lhe foi encomendada uma Missa com instrumental destinada à festa de Santa Bárbara celebrada na Real Capela de Queluz. Com excepção do período italiano (Setembro de 1792 a meados de 1800), em que se dedicou quase exclusivamente ao género operático, as encomendas reais de música religiosa moldaram a sua vida profissional, e a relação com D. João VI chegou mesmo a influenciar o seu estilo. Os arquivos musicais com ligações à Casa Real reflectem esse facto: a produção religiosa de Marcos Portugal está amplamente representada nas bibliotecas do Palácio Nacional da Ajuda, do Palácio Nacional de Mafra e do Paço Ducal de Vila Viçosa.

Atónio Jorge Marques - CESEM/NOVA FCSH

"A importância do Arquivo Musical do Paço Ducal de Vila Viçosa no contexto da obra religiosa de Marcos Portugal (1762-1830)"

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A aliança entre o reino católico de Portugal e a monarquia anglicana estabelece um importante patamar de relações políticas, sociais e religiosas com a celebração do matrimónio de Carlos II com Catarina de Bragança em 1662, tendo sido prevista a manutenção de uma capela católica para uso privado da Rainha consorte. Um século mais tarde, a Capela da Embaixada Portuguesa em Londres torna-se um incontornável local de manifestação do credo católico, sustentada formalmente numa prática musical estruturada e dirigida por Vincent Novello (1781-1861), organista, mestre de coro e criador e editor de inúmeras composições sacras ali interpretadas.

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João Pedro Afonso - CESEM/NOVA FCSH

"A Real Capela Portuguesa em Londres no tempo de D. Maria I"

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Esta comunicação pretende explicar a contratação do P. Alegria para realizar o catálogo de espécies musicais do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, em 1974. A conjuntura que então se viveu veio influenciar o decurso dos trabalhos. É também nossa intenção tentar compreender o estado de organização que os documentos já possuíam nessa data, bem como explicar, de forma sucinta, a proveniência dos diversos núcleos que compõem o Arquivo Musical.

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Marta Páscoa - Museu-Biblioteca da Casa de Bragança

"O P. Alegria e o Museu-Biblioteca da Casa de Bragança"

David Cranmer, João Pedro d'Alvarenga, Manuel Pedro Ferreira & Maria de Jesus Monge

Mesa redonda

Apresentação do catalogo e da edição crítica das obras completas de Frei Fernando de Almeida.

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